Por: Paulo Sérgio Furquim
A festa da
Vila São José no Município de Iporanga foi idealizada por alguns moradores
batizados com o nome de José, em
homenagem ao companheiro de Maria mãe de Jesus.
Para confirmar a alegria
de terem esse nome, decidiram homenagear o homem que aceitou a missão de ser o tutor
do filho de Deus, os “Josés da Vila”, dentre eles José Cosme da Silva (Juca
Cosme), José Nuli, José “Cêra”, José da Silva (Beiço), José (Juca Tomate) e
outros, organizaram por muito tempo uma festa com caráter religioso, porém,
somente depois de respeitadas todas as atrações religiosas partiam para o
caráter profano.
Ao longo do
tempo, as intencionalidades da referida festa foi mudando, pois na contemporaneidade,
quase não se percebe o sentido religioso da festa, parece que houve uma
“ruptura”, pois somente a parte profana evoluiu em detrimento da parte
religiosa.
Além disso, a
festa ainda tinha como objetivo angariar fundos para garantir o financiamento
de atividades da Capelinha de São José, que vive em reformas, e como qualquer
projeto social, carece de alguma forma de financiamento, ficou sem os
tradicionais bingos e leilões, porém, o que se vê, um grande investimento em
aparelhagem de som e infraestrutura de tendas, talvez estejam substituindo a real finalidade da
geração de renda para a referida capela por gastos que representam ônus para a municipalidade
que se encontra em tempos de crise econômica, onde se vê carência de veículos
oficiais para realizar serviços essenciais da Educação, Saúde e outros.
A festa que era
um exemplo de união dos “Josés” no intuito de homenagear o “pai terrestre” de
Jesus, passou a ser algo sem reflexão religiosa, perdendo-se a oportunidade de
conhecer quem foi José e porque a festa foi idealizada. Porém, nem tudo esta
perdido, pelo menos, a mediação cultural está acontecendo, pois na mesma, ainda
se oportuniza o prazer de se apreciar a boa música raiz, bem como de se revelar
novos talentos da música sertaneja.
Sobre a
presença do Funk no repertório do evento, prefiro que você mesmo reflita, pois
como Arte Educador tem o risco de cometer injustiça ao comentar.
A reflexão que
fica é: Cadê a Missa? O mastro? A quermesse? A Banda Municipal?
Textos: Paulo Sérgio Furquim ( Textos) - Nilton F da Silva ( Edição ) - 23/03/2013
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